A Polícia Militar prepara com cautela a operação de reintegração de posse do terreno de 300 mil m² ocupado por 700 famílias desde 2003 em Carapicuíba, na Grande São Paulo.
A desocupação da Favela do Savoy está marcada para o dia 6 de março, às 6h. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ordem judicial será cumprida e os direitos dos moradores respeitados.
Segundo a SSP, a polícia deve adotar os mesmos protocolos utilizados na reintegração do Pinheirinho, na cidade de São José dos Campos, e em outras centenas de reintegrações já feitas. Os polícias vão auxiliar na vistoria das casas e na retirada dos objetos antes da demolição.
Se a prefeitura ou o governo do estado conseguirem um abrigo os pertences serão levados para lá. Quem não tiver para onde ir vai receber uma senha com a qual poderá retirar os objetos em algum galpão ou local de guarda provisória.
Após reportagem do DIÁRIO sobre o drama dos moradores que não têm para onde ir, o prefeito de Carapicuíba, Sérgio Ribeiro, procurou o secretário estadual da Habitação, Silvio Torres, para discutir uma solução para as 5 mil pessoas que moram no terreno invadido.
De acordo com Ribeiro, a prefeitura não tem condições de comprar o terreno. Carapicuíba tem a pior arrecadação per capita do estado.
Sem ter um local adequado para abrigar dignamente as famílias, o prefeito informou, em nota, que vai buscar apoio do CDHU, da Caixa Econômica Federal e de empresários.
Nesta terça-feira o prefeito foi até a favela no fim da tarde com um trio elétrico . “Ele disse que ninguém ia sair daqui, mas a gente tem muito medo”, disse a moradora Nilda Santos.
Fonte: Rede Bom Dia