A prefeitura da cidade Carapicuíba negocia com o Daee (Departamento de Águas e Esgotos de SP) uma solução polêmica para a crise na Favela do Savoy, que fica em um terreno particular no bairro Ana Estela com ordem judicial de reintegração de posse programada para o dia 6 de março, às 6h. No local vivem cerca de 700 famílias e o município não tem um espaço para abrigar os despejados.
O prefeito Sérgio Ribeiro quer que a Daee compre o terreno e doe para a prefeitura em troca do transbordo dos dejetos retirados dos rios Pinheiros e Tietê (na capital) para o Lago Carapicuíba, onde existe um lixão e uma favela com 250 famílias.
A Daee já leva os detritos de São Paulo para Carapicuíba desde agosto do ano passado, sem nenhuma contrapartida.
Até julho, a terra suja retirada dos rios da capital era levada para um terreno particular em Itaquaquecetuba. O trajeto de 68 km foi substituído por um de 10 km. Sem o aluguel do terreno e gastando menos com a despesa de locomoção dos detritos, a Daee deve economizar cerca de R$ 25 milhões por ano. O terreno onde está a Favela do Savoy está avaliado em R$ 27 milhões. A Savoy Imobiliária e Construtora, que administra a área em nome dos herdeiros, afirmou que já houve uma negociação com a prefeitura para a venda do terreno.
A prefeitura de Carapicuíba também discute com o governo federal a construção de préddios no perfil do programa “Minha Casa, Minha Vida” no local da favela. Outra solução seria a construção dos prédios em outro local.
Fonte: Rede Bom Dia